23.6.07

dinheiro

matéria ótima que saiu hoje no 'dinheiro' da folha. a jornalista denise brito fala que as pessoas estão gastando menos com roupas pois elas estão deixando de ser símbolos de status, já que existem agora muitas outras maneiras de se mostrar que se tem dinheiro.

segundo elias frederico, professor de marketing da USP, "Há 20 anos havia poucos itens que imprimiam status ou estilo de vida. Era roupa, casa e automóvel. Hoje, há muito mais elementos de diferenciação, e o vestuário vem sofrendo com isso". denise continua, "Assim, produtos de categorias totalmente diferentes -como eletrônicos, viagens e tratamentos de beleza, que possuem a mesma função de diferenciar os indivíduos ou proporcionar qualidade de vida- passaram a competir com as roupas".

é por isso que gigantes como a h&m e a topshop estão arrasando no mercado. outra matéria segue falando exatamente disso, "O fast-fashion igualou o nível de moda nesses mercados. Está tudo comoditizado: é fácil confundir um jeans de R$ 600 com um de R$ 32 e optando pelo mais em conta ainda sobra dinheiro para comprar um tocador de mp3 e jantar em um bom restaurante", confirma o consultor Luís Taniguchi.

porcausa desta massificação da moda, acontece um novo fenômeno que é exatamento o inverso, e envolve os super-ricos.

semana passada saiu uma ótima matéria na folha, falando sobre o "riquistão". pra quem não sabe, é termo que foi cunhado do recém-lançado livro do robert frank, colunista do wall street journal e bloggueiro do "the wealth report", "Richistan - A Journey Through the American Wealth Boom and the Lives of The New Rich" ("Riquistão - Uma Viagem pelo Boom de Riqueza Americano e as Vidas dos Novos Ricos", editora crown), para descrever um país fictício onde habitam os super-ricos. os 'países' estão divididos em alto, médio e baixo riquistão, tendo ainda a super exclusiva "billionaireville".

neste 'alto' escalão a massificação da moda, tão recorrente entre os menos afortunados, teve uma reação inversa. segundo sérgio dávila, autor da matéria, "É para diferenciá-los (os ricos) que grifes como Gucci e Tiffany criaram os termos "luxo de massa" e "hiperluxo". Um Mercedes pertence à primeira categoria; um Bentley, à segunda". Assim, fica mais fácil de diferenciar quem é rico de quem é super-rico... absurdo.

pra quem quiser ler a matéria do "riquistão" na íntegra, clique aqui e entrevista com o robert frank, aqui.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Olívia. Boa dica essa matéria da Folha. Vou procurar no arquivo. Desculpa a minha ignorância, mas essa H&M e Topshop seriam comparáveis a que lojas no Brasil? Obrigada.

Curator disse...

simples...adorei o post! Parabéns pelo blog

oh! disse...

oi pinky, não sei se vc vai ler isso, mas ai vai a sua resposta: a h&m e topshop seriam compatíveis com a c&a e marisa, por serem magazines que vende roupas à preço popular, mas a topshop e h&m tem peças com uma informação de moda muito maior: eles contratam estilistas bacanas, mas também copiam (na cara dura) peças importantes da estação... o que não acontece aqui.
dai não precisa procurar pela matéria, basta clicar em cima do texto em azul/roxo que abre direto na página. mais fácil assim :-)
brigada pelo post!

Anônimo disse...

Ei, guria. Eu li sim! Obrigada, entendi agora!